Por João Henrique Ribeiro
A professora do Departamento de Serviço Social da UFOP, Raquel Pataxó, participou como debatedora da roda de conversa “Mulheres indígenas e assistência social”, realizada na tenda da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA). A ação fez parte da programação do 21º Acampamento Terra Livre (ATL), realizado entre 7 e 11 de abril, em Brasília.
Articulando saberes, tradições e lutas por direitos e políticas públicas voltadas à garantia de vida digna para os povos indígenas, a ANMIGA reúne mulheres indígenas de todos os biomas do Brasil. De acordo com a professora, sua presença neste espaço “reforça a importância da produção acadêmica aliada às lutas sociais, especialmente no fortalecimento do Serviço Social como campo de atuação sensível às pautas dos povos originários".
Raquel também integra a Articulação Brasileira de Serviço Social e Povos Indígenas (ABRASSPI), uma rede formada por assistentes sociais indígenas e profissionais que atuam ou pesquisam sobre povos originários. Essa rede se concentra na defesa dos direitos indígenas e na promoção de práticas profissionais alinhadas aos modos de vida e saberes desses povos.
Promovido anualmente, o ATL é considerado o maior encontro de mobilização indígena do país. Hoje, o evento é estrutura por sete organizações de base da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB): a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul), a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sudeste (Arpinsudeste), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), o Conselho do Povo Terena e a Assembleia Geral do Povo Kaiowá e Guarani (Aty Guasu).